80 | Eu não sou LIBANÊS
Quem me acompanha a muitos anos, sabe que perdemos todas as 1.000 postagens do blog e tem 3 meses que estamos editando, reescrevendo todas as principais postagens e escrevendo novas.
Então vamos lembrar da postagem mais lida de todos os tempos?
EU NÃO SOU LIBANÊS.
Eu vivo de piada 25 horas por dia. Se o assunto em questão não merece ser levado a sério, eu me dou o direito de brincar, rir e dar gargalhadas, como eu já disse, eu sou um comediante amador ou metido a humorista, frustrado.
hehehehe
E assim que eu fiz o primeiro AVC e tive alta do hospital, a minha voz foi a que mais teve sequela. Eu passei a ter muita dificuldade com as cordas vocais e passei a falar como um ‘árabe’, pelo tom da minha voz e pelas dificuldades como eu me expressava. Minha voz saia enrolada…
Minha voz era meio enrolada…
Um certo dia, eu e a minha ex-mulher saímos de carro para procurar um determinado endereço que precisávamos ir no bairro Monte Castelo, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, onde nós morávamos.
E procurando o endereço, entramos em uma rua e nos deparamos com uma família na calçada saboreando um Tererê, bebida típica da região.
Tereré ou tererê, é uma bebida feita com a infusão da erva-mate em água fria com ervas medicinais tais como limão, hortelã, erva-cidreira, cocú, salsaparrilha, pé-de-cabra, rabo de cavalo, taropé, verbena, entre outros…
E as famílias se reúnem para beberem juntas, em geral no final da tarde…
Eu parei o carro ao lado dessa família e perguntei assim:
– Boa tarde, vocês sabem onde fica tal rua? (lembrem-se, com uma voz esquisita).
O único homem do grupo, que deveria ser o pai daquela família, veio em minha direção e muito prestativo mostrou-me como chegar no endereço.
Eu disse “obrigado” e a esposa daquele homem entrou na conversa.
– O senhor é libanês?
A minha ex-mulher e as minhas filhas já começaram a dar risadas dentro do carro, por que elas sabiam que lá vinha alguma resposta:
– Não senhora, eu não sou libanês, eu sou avecês…
kkkkkkkkkkkk
E saímos dando risadas…
A cara do marido, fuzilando a mulher com um olhar, foi impagável…
Mesmo depois do AVC, eu nunca perdi o bom humor e nunca reclamei com Deus…
ESSA É UMA HISTÓRIA 100% REAL.
Léo Vilhena
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